quinta-feira, 19 de julho de 2012

FAZENDO MILAGRE NAS RELAÇOES


Observando, ouvindo pessoas, errando e acertando foi que elaborei 17 itens que poderão servir nas relações pessoais inclusive romântica.

FAÇA SEU MILAGRE!


1 – Jamais negociar a felicidade pessoal. Abrir mão de algum momento feliz em favor de uma relação é uma coisa (pode ser até necessário em algum momento), abrir mão dos sonhos é fatal. Perde-se o sonho e mata a relação. Sinônimo desse item é um membro da relação se anular em favor do outro. Jamais vai dar certo.

2 – Em qualquer relacionamento a palavra mágica deve ser PARCERIA. Ser parceiro significa colaborar sempre com a caminhada do outro. Colaborar requer compreender o outro, suas demandas, seus ritmos, suas preferências e facilitar para que sejam atendidos. Compreender e facilitar não significa mudar-se em favor do outro, significa adequar-se LIVREMENTE para que a convivência seja suave.

3 – Ser feliz deve ser a meta de CADA UM na relação. Ajudar ao outro em sua meta (de ser feliz) deve ser PRAZEROSO E DIVERTIDO se não é, reveja a relação. Se colaborar está se tornando um sacrifício, um fardo, um incomodo, cuidado.

4 – Sempre saber a rota de fuga Este ponto para mim é AUREO, mas, muito frio e aparentemente contraditório. Numa relação (especialmente romântica) é importante saber que: posso sair dessa relação a qualquer momento porque sei sair, posso sair e sei por onde sair. Um parceiro que tem essa consciência e permanece na relação é porque a relação vale à pena.

5 – Fugir da simbiose. Simbiose é quando os parceiros se confundem em uma área ou em varias: Emocional, social ou econômica, filhos etc. Quando se tornam dependentes um do outro. Só consegue estar bem se estiver com o outro. Uma relação de parceria não há de ter espaço para esse tipo de dependência.

6 – Amor é um principio, precisa ser alimentado. Somos capazes de ser atraídos e amar várias pessoas. A idéia de alma gêmea, se existe, é porque foi construída. Digo: é fruto de uma relação bem construída. Começa com eleger alguém e investir nesse alguém todo valor e nutriente necessário para manter vivo o principio do amor. Nesse ponto ame-se. Se não for capaz de se amar...procure uma terapia primeiro.

7 – Decidir continuar amando todo os dias. Como somos todos susceptíveis a novas possibilidades, numa relação romântica, só a DECISÃO de continuar alimentando o princípio do amor será capaz de sobrepujar nas intempéries da vida. Detalhe importante: ninguém é obrigado a amar alguém. Ou ama ou não ama. O amor existe e está ali ou não existe. Se não ama, ou não ama mais é dever respeitar, isso sim.

8 – Fato: o ciúme existe.  Só conheci um meio eficiente de lidar com o ciúme: Admitir. Pedir ajuda ao parceiro sempre que o ciúme chegar. Eu estou sentindo ciúmes. O parceiro que pronuncia essa frase está sendo honesto, o que escuta precisa acolher e passar a segurança possível na situação. Muito respeito ao ciúme!
 
9 – Persuadir é saudável, manipular é doentio. Usar charme,elegância, sutileza e argumentos para conseguir do outro o que se quer pode ser saudável. Isso é persuasão. Manipular, chantagear e jogar deliberadamente com o parceiro é decisivo para, cedo ou tarde, por fim a uma relação.

10 – Fidelidade é bom. Lealdade é INDISPENSÁVEL.  No tipo de relação que estou comentando aqui não tem espaço para infidelidade. Tem espaço para liberdade. Se o parceiro não preenche mais, seja leal e libere-o.  Uma dor temporária sempre será menor do que uma magoa para a vida toda ou uma relação sem qualidade.

11 – Atrás dos olhos do parceiro tem uma alma – Respeite-a.  Ali mora uma pessoa, uma individualidade, um ser divino. Tente escutar a voz da alma. É muito revelador. Só assim alguém pode entender o que outro realmente está querendo dizer. Na parceria se compartilha jamais cria dependência.

12 – Que seja eterno enquanto conseguirem.  Saber o limite é indispensável. Quer perder uma alma? Prenda-a. Nesse ponto é importante lembrar: o excesso de intimidade elimina os mistérios individuais. Eternize os mistérios , isso ajuda muito. Se uma relação chegou em seu limite é muito mais saudável mudar seu fromato tipo: transmutar de relaçao romantica para amizade etc. Só é possível ralação boa quandos os dois parceiros querem.

13 – Conquistar o desejo do outro de permanecer na relação é saudável.  Para isso precisa conquistá-lo todos os dias. Sem descuidar um só dia. O contrario disso é pretender a posse do outro. Isso não existe. Ninguém pode dominar e ser dono da coisa mais selvagem e livre que existe: a alma humana.

14 – Manter uma distancia saudável das famílias envolvidas.  Especialmente numa relação romântica é importante saber que a relação é do casal parceiro. As famílias não devem interferir. Respeitá-las e ponto final. Cada par deve encontrar a distancia certa em cada caso. Cada familiar tem suas preferências e forma de ser. Observar essas deixas e manter o distanciamento correto.

15 - Reconhecer e valorizar as diferenças culturais.  Unir duas pessoas que vem de vidas diferentes, culturas diferentes, educação diferente, percepção diferente não é fácil. Há que se ter um enorme respeito pela historia do parceiro e aprender a desfrutar dessas diferenças.

16 – Buscar sabedoria. Uma piada muito repetida hoje é: casamento serve para gerar filhos e separação. Eu diria que casamento sem sabedoria gera além de filhos e separação muita magoa e perda de tempo. Casamento é um empreendimento romântico. Precisa ser tratado com muita racionalidade para que não impeça a continuidade do amor.

17 – INDISPENSÁVEL ser religioso. Desnecessário ter uma religião. Religião pode ser um problema para muitos relacionamentos. Religiosidade não. Religiosidade é aquela busca e relação pessoal que cada um tem com seu Deus. Sem Deus é quase impossível conviver com alguém.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

UM MILAGRE CHAMADO LAILA



Saí de Itanagra, interior da Bahia com Destino a Alagoinhas. Estrada linda, sinuosa, sem asfalto,  cercada de muito verde, fazendas de gado, e aqui acolá cruzava com uma carreta da Petrobras. Chovia. Era uma chuva fina e insistente que deixava a estrada escorregadia e com muita lama. Uma curva acentuada me fez reduzir a velocidade e foi maravilhoso porque destampou-se em minha frente, no final da curva, na beira da estrada, aquela graciosa e imponente árvore. Devia ter uns vinte metros de altura. Uma imensa e uniforme copa coberta de flores belíssimas de cor muito exuberante em vermelho tipo sol nascente. Parei o carro, fiquei admirando aquela planta linda e solitária (com seu gigantismo) no meio daquele pasto com capins e pequenos arbustos. Nem me lembrei de fazer uma foto. Segui meu caminho, mais adiante, cerca de uns dez quilômetros, encontrei outra árvore da mesma espécie, ainda jovem, pequena; não mais do que uns dois metros de altura. Estava florida. Parei novamente e enquanto observava, uma senhora, tipo camponesa vinha caminhando pela estrada em minha direção carregando uma enxada nas costas. Abordei-a e perguntei se sabia o nome daquela planta. Muito simpática, me disse que era Manguba. Falei que estava encantado com a planta, ela perguntou: quer uma mudinha? Claro! Respondi, mas onde conseguir? Apontou o dedo para alguns metros adiante e lá estava um tenro broto. Sem dizer nada, foi até a plantinha e com a enxada arrancou-a com um bom pedaço de terra agarrado nas raízes e me entregou. Agradeci bastante, peguei uma folha de jornal na mala do carro embrulhei-a e decidi não ir mais para Alagoinhas. Fui direto para Salvador plantar minha Manguba. Cheguei em casa, já era noite e no dia seguinte decidi plantar minha mudinha. Devia ter trinta centímetros. Observei que o golpe da enxada da camponesa havia quebrado um galhinho da planta e estava quase solto. Preferi tirá-lo, plantei a parte que estava bem enraizada. Era Maio de 2007. Eu estava emocionado com a possibilidade de alguns anos mais tarde poder ver uma enorme e única arvore daquela, completamente florida, cheia de pássaros encantando os passantes. Resolvi dar um nome: Escolhi Maiana. Porque era Maio. Achei lindo e passei a cultivar um carinho enorme por minha nova amiguinha. Ia vê-la todos os dias pela manhã antes de sair de casa. Se viajava, quando voltava parava o carro e ia direto ver Maiana. Lá pelo dia 15 de Maio vieram os vendavais. Eu estava viajando. Por um descuido qualquer o caseiro não percebeu que Maiana foi quebrada pelos fortes ventos quase na base e foi levada, deus sabe pra onde! Quando voltei de viagem, encontrei apenas seu minúsculo tronco, de no máximo cinco centímetros e mais nada. Percebi que estava verde. Coloquei uma proteção ao seu redor e comecei a cuidar com muito afeto e zelo até que dias depois apareceu uma pequena folhinha. Fiquei muito feliz. Estava dando certo. No Mês de Julho, eu estava lá curtindo Maiana quando percebi que do lado direito, a uns dois metros de distancia havia um broto bonito saindo da terra. Reconheci que era aquele pequeno galho que a enxada quebrou, que eu arranquei e atirei para o lado. Caiu no chão de uma maneira que criou raiz e pegou. Viveu. Estava lindo. Transplantei-o com muito cuidado, fiz um bercinho na terra e plantei-o ali. Dei o nome de Juliana. Era o mês de Julho. Essas meninas cresceram. Juliana disparou na frente, hoje passa de 3 metros e floresce o ano todo. Maiana nunca passou de um metro e meio. Sempre doentinha, folhas amareladas, as vezes seca,  fico muito triste, converso com ela, dou adubo e ela volta. Agora está florida e linda. 
                                     Maiana                                               Juliana
                                   

Mas o fato marcante ainda estava por acontecer. Agosto de 2011 vou visitar Maiana e acreditem: ela havia gerado uma filhinha. De uma de suas raízes surgiu um broto lindo, forte, viçoso. Chamei Sergio (o caseiro) e colocamos o broto em um saquinho apropriado com terra vegetal e levamos para a estufa. Novembro de 2011 ele estava com 15 centimetros de altura pronto para ir pro bercinho, na terra. Numa manhã fresca de domingo do mês de Novembro resolvi plantar meu brotinho.

Naquele dia, estava com muitas saudades de uma amiga muito querida que estava no Canadá. Laila Bensabath. Conheci Laila na empresa na qual trabalhávamos. Era, aparentemente, uma pessoa comum. Até que um dia, final de expediente saímos na mesma hora do trabalho e fomos para o estacionamento pegar os carros para ir pra casa. Peguei meu carro primeiro, saí uns minutinhos na frente dela e, logo na saída havia uma pista muito movimentada (conhecida como ladeira do cabula). Parei e fiquei esperando um momento seguro para cruzar a via. Laila, apontou com seu carro atrás de mim, piscou a luz, e passou como uma bala, cruzou a via com uma eficiência e tranqüilidade que me chamou atenção. Como uma menina com pouco mais de vinte anos de idade pode dirigir com tanta desenvoltura e ser assim tão corajosa e competente?!! Eu, ainda esperei mais uns dois minutos para ousar fazer o que
ela fez. A partir daquele dia comecei a prestar atenção em Laila. Percebi que era uma alma especial: Ousada, corajosa, forte, sonhadora, linda e nas poucas vezes que conversávamos, pude perceber que lá no fundo de seu olhar, atrás de sua força, havia uma meiguice juvenil. Os dias se passaram, trocamos alguns e-mails, ela sempre muito simpática e elegante, depois se foi. Mudou de emprego, eu também mudei de local de trabalho. Um dia, soube pela rede de relacionamento, que ela estava indo para o Canadá. Foi. Foi melhorar seu domínio do Inglês. Cresceu minha admiração. É uma batalhadora. Estudiosa. Merece mesmo ser muito feliz. Naquela manhã de domingo de final de Novembro acordei me lembrando de Laila. Senti saudades, mandei boas energias e desci para plantar meu brotinho. Quando peguei aquela planta nas mãos e vi tanta vitalidade, tanta vida, tanta vontade de viver, associei imediatamente à minha amiguinha Laila. Pois é, minha plantinha recebeu o nome de Laila Bensabath. Todas as minhas plantas tem nome de gente. Só eu sei o nome de cada uma delas e o motivo. A jaqueira se chama Sr. Joca, o Jambeiro de dez metros se chama Jorge, a Areoira se chama Lazaro por aí vai. Vivo só em meu sitio mas rodeado de amigos silenciosos. É impossível passar perto de minha plantinha Laila e não me lembrar da amiga Laila e ao mesmo tempo associar todas as qualidades e virtudes de ambas e desfrutar do frescor da vida que se manifesta de formas tão variadas e belas. Os milagres que conto hoje são: Primeiro, assim como Laila Bensabath (a minha amiga), todos podemos ser vitoriosos sonhar nossos sonhos e torná-los realidade. Podemos viver com coragem, de cabeça erguida, com energia positiva e feliz. 
                                            Laila hoje!
Em segundo lugar o milagre de poder desfrutar de coisas simples como cultivar uma plantinha. Vejo por aí pessoas sem ter motivos para viver. Querendo coisas tão complexas. Experimente conviver com o simples: cuidar de uma planta, de uma animal, de uma pessoa ou de si mesmo. A vida é um milagre. Brinque com a vida. Desfrute da explosão de vida que nos cerca por todos os lados. Divirta-se. Esse é o milagre.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

QUEM TEM MEDO FAZ MILAGRES!


 
Decidi postar novamente sobre essa emoção poderosa: o medo, depois de ler um comentário do apresentador Datena, no twiter, avisando que em breve estaria se submetendo a uma cirurgia na garganta e estava com medo. Datena com medo!? Um apresentador corajoso que afronta os maus políticos e bandidos em seu programa conhece o medo?! Certamente que sim. Achei-o bastante honesto e, muito embora eu tenha lá minhas reservas sobre o estilo de seu programa, cresceu meu respeito e admiração pela pessoa de José Luis Datena, aproveitando para desejar-lhe boa sorte. O fato é: todos temos medo. Feliz daquele que admite e enfrenta seus medos. Negá-lo é um tremendo perigo. O medo, sem dúvida, é uma ferramenta de alerta que, associada ao senso de sobrevivência e preservação, garante-nos a continuidade e manutenção da vida. Há perigos reais e um sem número de perigos imaginários, entretanto, a emoção do medo será sempre a mesma. Para quem está sob seu efeito (do medo) não importa se o perigo é ou não de verdade. Admitir que está com medo faz o sujeito procurar uma saída: buscar ajuda, preparar-se para enfrentar o perigo ou fugir. Negar a presença do medo pode significar uma rejeição do estado de alerta e, nesse caso, se o perigo for real a situação pode piorar. O estado de alerta produzido pelo medo pode ser muito bem utilizado e resultar em verdadeiros milagres. O estudante que está com medo de perder no vestibular pode assumir o medo, estudar mais e conseqüentemente vencer. A pessoa que tem medo de falar em público pode, assumindo o medo, buscar ajuda, fazer um curso, treinar e se tornar um grande orador. Sem dúvida há muitas maneiras de tirar proveito deste estado de alerta que o medo produz. Meu foco hoje é chamar atenção para os perigos de negar o medo e se manter por um longo tempo exposto à sua (do medo) energia. Quem “não está” com medo não precisa de ajuda. Quem não assume seu estado de medo também acaba não assumindo o compromisso de se preparar para o perigo. Se for um perigo real poderá pegar o sujeito despreparado e o fracasso será inevitável. Os perigos imaginários produzem medos escondidos e uma demorada permanência convivendo com essas demandas fatalmente desaba em transtornos de ansiedade, síndromes do pânico e grandes depressões. Estou falando daquela pessoa que se faz de forte e não foge quando a situação requer, não chora quando a dor pede lágrimas, não se prepara quando alertada. O preço para manter um estado de falso forte é o consumo de todas as energias de reserva, utilizando-as para negar para os outros e para si mesmo que está com medo e, muitas vezes, até em pânico. Tais pessoas convivem com relacionamentos doentios gastando toda energia para fingir que está tudo bem ao invés de usá-la para fazer mudanças. Toleram empregos insuportáveis e humilhantes preferindo negar o medo de não conseguir outra coisa, dizendo-se feliz (falsamente) com a situação em que se encontra tentando o tempo todo convencer a si mesmos de que está tudo bem. Para quem está com medo não adianta dizer: Coragem! A pessoa que está com medo não está por que quer. Ninguém escolhe de repente assim: vou ficar com medo agora. Não! O medo chega e se instala. Dizer: “não tenha medo!” Não vai adiantar.  A pessoa vai ter medo. Isso não depende da decisão. Admitir primeiro para si. Admitir que o medo não é culpa sua. Avaliar o perigo com frieza e se preparar para ser mais forte do que o objeto do medo ou fugir com orgulho, se for caso, é o que se pode fazer para transformar o medo em milagre.

sábado, 14 de janeiro de 2012

UM MILAGRE - PARA QUEM QUER FICAR RICO


Ser uma pessoa vencedora, bem sucedida, realizada, desfrutar de boas companhias, viver em paz, ter bons amigos e criar um volume de alegria superior ao de tristezas, quem quer?
A resposta parece óbvia: todos.
Como conseguir isso e por que muitos, talvez uma grande maioria, não conseguem? Observei ao longo de anos que a esmagadora maioria sabe como fazer e o que fazer para obter todos esses resultados desejáveis. Sabem, porque já leram bons livros sobre o tema, já escutaram boas palestras ou aprenderam pela observação. Sabem falar sobre o tema, sabem até escrever e dar conselhos ricos em sabedoria capazes de fazer de qualquer um, um grande vencedor. Porque não são?! Um fato: SABER não é garantia de resultado! QUERER, por si só, também não é suficiente. Saber CLARAMENTE o que se quer; QUERER com intensidade o que se quer e SABER como conseguir, também não produz o resultado desejado. Um exemplo: A pessoa quer perder peso. Ela sabe disso. Quer intensamente, sabe o que fazer porque o médico já disse, mas, o ano passa e ela continua com o mesmo peso. Entendeu aí?! Isso vale para todos os temas. Vale para todos os projetos de vida e, esse tipo de fracasso tem levado muita frustração e depressão para os incautos que não venceram nas áreas que desejavam. Qual o componente que falta?! Há uma farta literatura impressa e virtual que aborda o tema. Os livros de auto-ajuda se multiplicam nas livrarias. Vendem aos milhares e as pessoas lêem e como lêem. Entusiasmam-se a cada novo livro ou nova palestra para se quedar frustrado mais uma vez, infeliz, pobre, fracassado e cada vez mais longe dos sonhos. Na verdade, boa parte dos mestres de auto-ajuda abordam o tema correta e completamente, falam de todos os ingredientes, entretanto, somos nós quem boicotamos uma ou outra parte, e quase sempre, a parte principal que é a que vou chamar a atenção aqui hoje. AGIR. Todo projeto requer a ação necessária. Ocorre que essa é a parte menos confortável. Cansa. Dói os braços. Dói o corpo. Se não fizer a dieta – sentir alguma fome – se não fizer as atividades físicas e sentir alguma dor e cansaço – o peso não muda. Fato. Se não agir no processo:  não fica rico, não vira doutor, não vira santo. Tudo tem um preço. Às vezes a ação é exatamente a não ação. Nesse caso, como foi com Mahatma Gandhi, que escolheu vencer uma batalha sem guerrear, precisou da capacidade de tolerar duras provocações e por fim a morte sem reação. Ele agiu dentro do projeto. Venceu. A Índia lhe deve a liberdade. Outras vezes precisa mesmo de agir. Aí Osho, um místico indiano diz: “Há que se ter disciplina militar”. Tomar decisões firmes e colocar o plano em PRÁTICA. Claro, às vezes precisa fazer ajustes, mas sem perder o foco, a meta ou destino. É como fazem os rios: se surge uma montanha que não possa atravessar ele dá a volta. Sua meta é o mar. As vezes, o rio é fechado em um vale, daí ele incha, cresce a passa por cima. As vezes precisamos dar a volta, outras precisamos inchar – aprender mais, desenvolver novas habilidades – entretanto sem perder o destino. Cristo, falando para aqueles cuja meta é espiritual, a iluminação ou santidade não dá mole: “Orai sem cessar”, manda o Cristo. Krsna diz o mesmo quando manda repetir o Maha Mantra Hare Krsna sem cessar. Sobre o sucesso material, ficar rico ou vencer na profissão, quem falou tudo em uma só palavra foi o criador da Microsoft (o gênio Bill Gates) quando lhe perguntaram: qual o segredo do sucesso? Respondeu: PARANOIA. Essa palavra pode ser traduzida como uma obsessão total e absoluta sobre o projeto, ação constante, permanente ajuste, disciplina rígida e foco na meta. Sempre ainda há tempo. Enquanto estamos vivos podemos realizar o milagre do sucesso mas, lamento dizer que o milagre do sucesso é filho da disciplina e da ação. Faça seu milagre.